@MASTERSTHESIS{ 2021:1891245991, title = {Funções executivas, inteligência e funcionalidade em crianças e adolescentes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade}, year = {2021}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9760", abstract = "A avaliação de Funções Executivas (FE) e inteligência corresponde a uma grande área dentro da avaliação neuropsicológica atual, principalmente no que diz respeito à infância e adolescência. O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o transtorno do neurodesenvolvimento mais prevalente, estimado em 3,4% de crianças e adolescentes. Cada vez mais os estudos vêm demonstrando como as FE estão impactadas em crianças com o diagnóstico de TDAH. Ainda que exista uma propensão a se estudar FE no TDAH, no que diz respeito à inteligência, pouco se sabe. Isto ocorre, pois a inteligência costuma ser considerada como variável de controle para os estudos. Para além da inteligência, é imprescindível que os profissionais responsáveis se atentem à autonomia, independência e funcionalidade dos sujeitos em seus diferentes contextos. Olhar com cautela para esta variável é um aspecto fundamental para reduzir falsos positivos dentre os possíveis diagnósticos. Desta forma, a presente dissertação optou por desenvolver dois estudos. O primeiro estudo corresponde à comparação do desempenho de FE e desempenho escolar em crianças e adolescentes com e sem diagnóstico de TDAH e com diferentes níveis de inteligência. A amostra foi composta por 114 participantes, com idade entre 6 e 14 anos e 11 meses, e foi dividida em dois grupos. Os grupos foram divididos por diagnóstico clínico (ter TDAH ou não), e por nível de inteligência (inteligência limítrofe, médio inferior e médio). Então, realizou-se uma análise de comparação de grupos (Two-Way Anova). Os resultados demonstraram que o grupo clínico apresentou pior desempenho em tarefas de controle inibitório, memória de trabalho para textos, flexibilidade cognitiva, fluências e desempenho escolar. Já no grupo por nível de inteligência, a amostra com inteligência limítrofe apresentou piores resultados em tarefas de memória de trabalho, fluências e desempenho escolar, independentemente de ter TDAH ou não. Os achados confirmam sobre a necessidade de se considerar a inteligência em transtornos do neurodesenvolvimento para além de uma variável a ser controlada, pois observa-se que ter o diagnóstico de TDAH ou ter diferentes níveis de inteligência impactam de forma independente da cognição do paciente. Então, a partir do cuidado que se deve ter ao avaliar inteligência, em paralelo, destaca-se a necessidade da avaliação de funcionalidade. Portanto, o estudo dois corresponde ao desenvolvimento de um Guia para Entrevista de Funcionalidade na Infância e Adolescência (GEFA), bem como apresentar sua validade de conteúdo. O GEFA foi desenvolvido em três etapas: desenvolvimento teórico e prático, aplicação do protocolo em uma amostra piloto e análise de juízes. Para validade de conteúdo, foi utilizado o índice de concordância de Kappa de Cohen (k) para o construto funcionalidade como um tudo, e para analisar as validades dos itens e exemplos do GEFA, utilizou-se o índice de validade de conteúdo (IVC). Os resultados confirmam que o GEFA apresenta boa validade de conteúdo, tanto para o construto geral, como para itens e exemplos. Sendo assim, o GEFA é considerado uma entrevista semiestruturada que disponibiliza o olhar clínico acurado de funcionalidade para diferentes transtornos do neurodesenvolvimento. Compreender sobre FE, inteligência e funcionalidade é um caminho para uma avaliação neuropsicológica mais completa e prática, no qual proporciona espaço para redução de possíveis diagnósticos falsos positivos, além de possibilitar o desenvolvimento de diferentes estratégias de intervenção.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Escola de Ciências da Saúde e da Vida} }