@PHDTHESIS{ 2019:1200455650, title = {Mare nostrum : desafios e perspectivas da realidade marítima à teologia}, year = {2019}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9048", abstract = "O lugar operado pela realidade marítima, longe de ser libertador ou alienante, apresenta um caráter ambivalente que precisa ser analisado, pois não é apenas vetor abstrato de fluxo, como descreve o antropólogo Marc Augé, com o conceito de “não lugar”, mas, sim, um espaço onde as tensões entre a globalização economicista e a singularidade são desafiadas. Considerado historicamente como ambiente de interação entre os interesses políticos, militares e econômicos, os mares e oceanos tornaram-se lugares intensos de conexão e mobilidade, articulando escalas entre os diferentes níveis e experiências. Este entendimento tem sobrevivido aos diferentes cenários históricos do pensamento colonial que, durante o período de expansão marítima do século XV, globalizou a cultura europeia em detrimento de outras tidas como “primitivas”. Essa situação, denominada Modernidade, tem uma face oculta: a colonialidade como projeto civilizador. A partir disto, nos propomos uma revisão bibliográfica, apresentando como abordagem evidências dos padrões de “poder colonial” a partir da expansão marítima e da globalização contemporânea. A questão de pesquisa é: O legado do pensamento colonial é intrínseco à modernidade ou é um de seus desdobramentos? Qual o lugar da experiência marítima, quando se deseja propor um pensamento teológico não hegemônico, onde a própria religião sacralizou a violência e o imperialismo? A partir deste contexto, buscamos apresentar um arcabouço teórico-crítico do papel que o conhecimento epistemológico da Modernidade desempenhou na perpetuação da hegemonia europeia, delineando os princípios básicos a partir de uma interface entre a Teologia e as Ciências Sociais, enfocando o mar como lugar teologal. A hipótese foi que os mares e oceanos, não são apenas vetores da hegemonia colonial e espaço de circulação e de mercadorias, mas uma maneira distinta de estar no mundo, especialmente àqueles que vivem e trabalham nessa realidade. O seu caráter transitório carrega uma presença, considerando as pessoas que vivem no mar, e - ao mesmo tempo - também ausência e anonimato, entendendo como invisibilidade. A proposta final é construir pontes, percebendo que os mares têm o potencial tanto de integrar como de excluir. Aqui denominaremos de “maritimidade”, isto é, o lugar alternativo, assim como o ambiente onde Jesus lançou as redes para seu projeto messiânico.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Teologia}, note = {Escola de Humanidades} }