@PHDTHESIS{ 2017:161707954, title = {Aspectos fisiopatológicos e clínicos relacionados ao estado nutricional de pacientes em diálise peritoneal}, year = {2017}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7835", abstract = "Introdução: Durante 24 horas de Diálise Peritoneal (DP), estima-se que cerca de 100 a 300g da glicose são absorvidas, o que pode gerar alterações metabólicas e no estado nutricional. Objetivos: Estudar aspectos fisiopatológicos e clínicos relacionados ao estado nutricional de pacientes em DP. Materiais e métodos: Estudo observacional de pacientes em DP com análise da composição corporal através da bioimpedância espectroscópica (Body Composition Monitor, Fresenius Medical Care), avaliação da característica de transporte peritoneal, exames bioquímicos e concentração sérica de cobre (63Cu), zinco (66Zn), selênio (78Se), cromo (52Cr) e níquel (58Ni) através de espectometria de massa com plasma indutivamente acoplado. Resultados por artigo: Artigo 1: Após 1 ano de DP, 50,6% ganharam peso, 41,2% perderam massa magra, 65,9% aumentaram massa gorda, sendo encontrado aumento significativo para peso, índice de massa corporal (IMC), tecido adiposo e índice de massa gorda. Os pacientes que ganharam peso predominantemente apresentavam baixo transporte peritoneal. Artigo 2: A modificação da composição corporal encontrada não foi diferente entre modalidades de DP, ambulatorial contínua (CAPD) e automatizada (APD). Artigo 3: No início da DP, os pacientes foram classificados em: 29,9% desnutridos (massa magra percentil <10), 55,5% obesos (massa gorda percentil >90) e 7,9% como desnutridos por massa gorda (massa gorda percentil <10) e 23,8% desnutrição e obesidade em combinação. A sobrevida cumulativa foi de 92%, 83%, 69%, 67% e 60% (12, 24, 36, 48 e 60 meses, respectivamente). O ângulo de fase (abaixo de 5°) possui impacto na mortalidade, inclusive após ajuste para idade, sexo e diabetes. Artigo 4: Valores abaixo da referência foram observados para Zn (5,8 ± 1,1 µmol/L) em 100%; Cu (15,7 ± 5,0 µmol/L) em 20,7%; Se (0,59 ± 0,22 µmol/L) em 75,9%. Valores acima do recomendado foram encontrados para Cr (0,29 ± 0,08 µmol/L) em 86,3% e Ni (0,21 (0.17 – 0.26) µmol/L em 96,6%. Foi observada correlação positiva entre Cu e peso seco (r=0,407, P=0,028), IMC (r=0,460, P=0,012) e índice de massa gorda (r=0,370, P0,048). Zn apresentou correlação positiva com albumina (r=0,527, P=0,003) e negativa com hiperhidratação (r=-0,394, P=0,034) e percentual de água extracelular (r=-0,466, P=0,014). Se apresentou correlação positiva com albumina (r=0,515, P=0,005) e colesterol total (r=0,443, P=0,021), mas negativa com percentual de água extracelular (r=-0,404, P=0,041) e água extracelular/água intracelular (r=0,398, P0,036). Ni correlacionou-se negativamente com peso seco (r=-0,377, P0,044). Cu/Zn apresentou correlação com IMC (r=0,376, P=0,044). Conclusões: A composição corporal de pacientes em DP se modifica ao longo do tratamento, o que não parece estar relacionado a exposição a glicose ou à modalidade de DP, porém, as alterações parecem estar relacionadas à pacientes que apresentam transportes peritoneais mais lentos no início da terapia. A análise da composição corporal de forma detalhada pode gerar dados mais precisos de avaliação nutricional. Sugere-se o uso do ângulo de fase como um marcador de estado nutricional e mais estudos são necessários para o melhor entendimento da associação de microelementos séricos e composição corporal nesta população.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }