@PHDTHESIS{ 2014:1784210891, title = {O discurso do professor sobre aluno-problema : uma transgressão bem dita}, year = {2014}, url = "http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/2178", abstract = "O objetivo deste trabalho é tratar da temática da transgressão linguística no discurso do professor sobre o Aluno-Problema (AP), analisando como ela se constitui numa tomada de posição, numa atitude do professor a favor do AP. Um princípio ducrotiano é de que a língua é argumentativa e se expressa nos discursos na forma de argumentos normativos (em portanto), porque seguem a norma que está no sistema linguístico e em argumentos transgressivos (em no entanto), porque transgridem essa mesma norma.Outro princípio é que uma palavra possui uma significação nela mesma (Ducrot, 1990) que orienta para possibilidades de continuação no discurso e impede várias outras continuações. A expressão AP, orienta linguisticamente para encadeamentos mormativos do tipo AP portanto rejeição e impede encadeamentos do tipo AP portanto ajuda: é difícil lidar com AP: eles não são bem aceitos nos ambientes escolares: essa é uma norma. Os discursos dos professores entrevistados sobre o AP, deveriam seguir a norma estabelecida para o corpus deste trabalho, em relação às orientações linguísticas da expressão AP, que seria AP portanto neg-ajuda. Nos discursos analisados encontramos ao contrário, uma transgressão da norma, ou seja, AP no entanto ajuda. Acreditamos que ao realizar essa transgressão, o professor está na realidade seguindo uma norma que se refere às orientações da palavra professor. Ou seja, na Língua, a palavra professor orienta para aquele que ajuda que compreende que aceita. Assim, a transgressão se justifica para seguir os deveres da profissão. Nesse sentido, transgredir uma norma, para seguir outra, se torna benéfica para o AP. Por isso o título do nosso trabalho. Parte importante na construção do sentido argumentativo de um discurso é a relação entre encadeamentos argumentativos normativos e transgressivos que o constitui. Assim, analisamos essas relações no corpus formado por sete entrevistas/discursos, de professores do nível fundamental de duas escolas, da cidade de Conceição do Coité/Bahia, em busca do sentido desses discursos. O trabalho se baseou teoricamente na Teoria da Argumentação na Língua (ANL) de Oswald Ducrot e J.S. Anscombre, e na sua forma atual, a Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), desenvolvida por Marion Carel e Oswald Ducrot. A opção pela abordagem teórica deve-se ao fato de que a ANL/TBS tem como princípios, as noções de que a argumentação está na língua e não fora dela, e de que o sentido de uma entidade linguística é constituído pelos discursos que essa entidade evoca.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Faculdade de Letras} }