@MASTERSTHESIS{ 2023:1687015792, title = {Ligas acadêmicas : perfil discente e produção dos participantes}, year = {2023}, url = "https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10656", abstract = "INTRODUÇÃO: Ligas acadêmicas são coletivos estudantis, orientados por um professor, formatados como programa regular de extensão universitária, presentes na quase totalidade das escolas médicas brasileiras, possuindo atividades diversas de Ensino, Pesquisa e Extensão. A influência das ligas na formação dos futuros médicos ainda carece de estudos acadêmicos aprofundados. OBJETIVOS: Avaliar as características de ligas acadêmicas e de seus participantes em uma escola médica, descrevendo as atividades realizadas, as características dos discentes que delas participam, associando a participação em ligas com as características sociodemográficas, a produção acadêmica, o desempenho acadêmico na graduação e o grau de recomendação delas. MÉTODOS: Estudo de caráter exploratório transversal descritivo, dividido em duas partes. Inicialmente, foram analisadas as atividades das ligas da PUCRS. Após, através de questionário online direcionado a estudantes dos dois últimos anos da graduação da Medicina da PUCRS, foram coletadas informações quanto às características sociodemográficas, variáveis de produção acadêmica, grau recomendação através de Escore de Promoção da Rede (NPS, do inglês Net Promoter Score). Para análise descritiva as variáveis quantitativas foram expressas como média e desvio-padrão ou mediana e intervalo interquartil, e as variáveis categóricas por frequência absoluta e relativa. Foram verificadas correlações lineares de Pearson e planejada comparação entre grupos com testes para dados paramétricos ou não paramétricos, dependendo da apresentação. RESULTADOS: Das 52 ligas ativas, 27 (51,9%) participaram da pesquisa. A média de alunos foi de 21,6 (± 10,4) por liga. A maioria delas (77,8%) tinha um professor, podendo chegar a três. As atividades realizadas são, principalmente, aulas teóricas, discussão de casos clínicos, atividades práticas, produção de artigos científicos, publicações em redes sociais, atividades solidárias e organização de eventos próprios. Participaram do estudo 71 estudantes (36,4% da população total). Em média, cada aluno participou de 3,56 (± 1,55) ligas durante a graduação. Os alunos que já estavam no sexto ano, que publicaram algum artigo ou que tinham notas médias acima 8,6 relataram participação em um número médio de ligas significativamente maior. Quanto maior a participação em ligas e quanto mais satisfeito o aluno ficou com elas, maior foi a recomendação aos demais alunos. Além das ligas, a média de participação em atividades complementares diferentes por alunos foi de 3,00 (± 1,01) atividades, em especial: estágios, monitorias, voluntariado e iniciação científica. A média de 5 artigos publicados foi de 1,12 (±1,35), com 31 alunos (43,66%) sem publicações. A correlação entre o número de ligas por aluno e de artigos publicados foi positiva, com coeficiente de correlação de Pearson de 0,89. CONCLUSÕES: Percebeu-se que alunos costumam entrar precocemente em ligas acadêmicas, com atuação em várias delas, além de tomar parte em outras atividades complementares. A participação em ligas está associada com atividades complementares e com publicação de artigos científicos. Elas podem funcionar como suporte para socialização e, também, como grupos de mentoria por pares. Acadêmicos satisfeitos indicam a participação nas ligas para colegas, criando um ciclo virtuoso de aumento de participação entre os estudantes. De maneira geral, as ligas podem ser consideradas atividades complementares que contribuem de maneira positiva na formação do acadêmico de medicina.", publisher = {Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde}, note = {Escola de Medicina} }