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Tipo do documento: Tese
Título: Avaliação prognóstica da reserva de fluxo fracionada em diferentes estratos nos pacientes com doença arterial coronariana
Autor: Pellegrini, Denise Machado de Oliveira 
Primeiro orientador: Bodanese, Luiz Carlos
Resumo: Justificativa e objetivo: Existem dados limitados sobre a evolução clínica de lesões coronárias não tratadas de acordo com sua gravidade funcional no mundo real. Este estudo tem como objetivo avaliar os resultados clínicos de até 5 anos em pacientes com lesões revascularizadas com reserva fracionada de fluxo (FFR) ≤0,8 e pacientes com lesões não revascularizadas com FFR> 0,8. Métodos: De 2013 a 2018, a avaliação pelo FFR foi realizada em 218 pacientes consecutivos incluídos em um registro de centro único e seguidos por até 5 anos. Os participantes foram classificados com base no FFR no grupo isquêmico (≤0,8, grupo intervenção, n = 55), grupo FFR normal baixo (> 0,8 - 0,9, n = 91) e grupo FFR normal alto (> 0,9, n = 72). O desfecho primário foram eventos cardíacos adversos maiores (ECAM), um composto de morte, infarto do miocárdio e necessidade de nova revascularização. Os desfechos secundários foram nova angiografia coronária, admissão hospitalar e acidente vascular cerebral e os componentes individuais do desfecho composto primário. Também foi realizada análise dos desfechos no grupo isolado dos pacientes com angina coronariana crônica. Resultados: As características clínicas foram semelhantes entre os grupos. A maioria era do sexo masculino (62,8%) e com idade média de 64,1 anos. Diabetes estava presente em 27%. À angiografia coronária, a gravidade da estenose avaliada foi de 62%, 56,4% e 54,3% nos grupos isquêmico, FFR normal baixo e normal alto, respectivamente (p< 0,05). O período médio de acompanhamento foi de 3,5 anos. A incidência de ECAM foi de 25,5%, 13,2% e 11,1%, respectivamente (p = 0,037). No subgrupo dos pacientes estáveis houve diferença da ocorrência de ECAM entre os grupos (p= 0,006). Nova angiografia coronária ocorreu com mais frequência no grupo isquêmico (27,3%) em comparação com os pacientes com FFR normal baixo (7,7%) e normal alto (14,3%) (p = 0,05). Da mesma forma, nova admissão hospitalar ocorreu em 23,6% em pacientes com FFR isquêmico, em comparação com 6,6% em pacientes com FFR normal baixo e 8,6% em normal alta (p = 0,05). Infarto agudo do miocárdio ocorreu em 1,8%, 3,3% e 1,4% nos grupos isquêmico, FFR normal baixo e alto, respectivamente (p = 0,70) e acidente vascular cerebral em 1,8%, 0,0% e 1,4% nos grupos isquêmico, FFR normal baixo e normal alto, respectivamente (p = 0,46). Conclusão: O resultado do nosso estudo permite concluir que os indivíduos do grupo isquêmico apresentam piores desfechos quando comparados aos dos grupos não isquêmico. Entre os grupos que apresentam valores de FFR considerados normal baixo e normal alto não há diferença significativa entre estes dois grupos, contudo estes pacientes não devem ser considerados de baixo risco para eventos cardiovasculares a longo prazo tendo em vista a possível progressão da placa aterosclerótica já demostrada em estudos prévios. Há necessidade de estudos prospectivos de longo prazo para melhor avaliar os desfechos cardiovasculares em pacientes com FFR acima de 0,8 não revascularizados.
Abstract: Background and objective: There is limited data on clinical outcome of deferred coronary lesions according to functional severity. This study aimed to evaluate the 5 year clinical outcomes of patients with non deferred lesions with FFR ≤0.8 and deferred lesions patients with FFR > 0.8. Methods: From 2013 to 2018 FFR was performed in 218 consecutive patients included in a single center registry. Participants were categorized on the basis of FFR in ischemic FFR group (≤0.8, intervention group, n=55), low-normal FFR group (> 0.8 -0.9, deferred, n=91) and high-normal FFR group (> 0.9, deferred n=72). Primary end point was major adverse cardiac events (MACE), a composite of mortality, myocardial infarction, and target lesion revascularization. Additional secondary endpoints were coronary angiography, hospital admission, and stroke. Results: The baseline characteristics were similar among groups. The median age was 63.2, 65,1 and 64,2 years in group intervention, low-normal and high normal respectively. Most were male and diabetes was present in a significant proportion in the groups. By coronary angiography, stenosis severity was 62%, 56,4% and 54,3% in groups ischemic, low-, and high-normal FFR respectively( p> 0.05). The incidence of MACE was 25.5%, 13,2% and 11,1% respectively (p=0,037). In the the chronic coronary patients subgroup the incidence of e MACE were statistical significant different among the groups (p<,006). New angiography occurred more frequently in ischemic group (27.3%) as compared to low-normal (7.7%) and high-normal (14,3%) FFR patients (p=0.05). Similarly, hospitalar admission occurred in 23.6% in ischemic FFR patients as compared to low-normal 6.6% and high-normal 8.6% FFR patients (p=0.05). Acute myocardial infarction occurred in 1.8%, 3.3% and 1.4% in groups ischemic, low-, and high-normal FFR respectively (p= 0.70) and stroke occurred in 1.8%, 0,0% and 1.4% in groups ischemic, low-, and highnormal FFR respectively (p=0.46). The mean follow up period was 3.5 years. Conclusion: The result of our study allows us to conclude that individuals in the ischemic group have worse outcomes when compared to those in the non-ischemic groups. Among the groups with FFR values considered low normal and high normal, there is no significant difference between these two groups, however these patients should not be considered at low risk for long-term cardiovascular events in view of the possible atherosclerotic plaque progression already demonstrated in previous studies. There is a need for long-term prospective studies to better assess cardiovascular outcomes in non-revascularized patients with FFR above 0.8.
Palavras-chave: Reserva de Fluxo Fracionada
Desfechos
Isquemia
Fractional Flow Reserve
Outcomes
Ischemia
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Medicina
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 11/11/2026
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9965
Data de defesa: 27-Ago-2021
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde

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