Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9329
Tipo do documento: Tese
Título: Intersecções entre experiências de segurança e ameaça social e modelos de relação interna de autocompaixão e autocriticismo
Autor: Pureza, Juliana da Rosa 
Primeiro orientador: Lisboa, Carolina Saraiva de Macedo
Resumo: A autocompaixão e o autocriticismosão processos psicológicos que podem ser considerados modelos de relacionamento interno, pois se referem à maneira como alguém se relaciona consigo mesmo em situações difíceis. A autocompaixão é uma atitude para lidar com o sofrimento e as falhas e tem sido considerada um preditor de saúde mental. O autocriticismoé uma postura severa e julgadora adotada nessas situações, e está associado a psicopatologias. A segurança social, percepção de conexão e segurança na relação com os outros e a comparação social, tendência a estabelecer relações hierárquicas e comparativas, também são importantes fatores de saúde mental. Oautocriticismo pode estar associados a experiências de exclusão e rejeição nas relações entre pares, a percepções negativas de comparação social e menores sentimentos de segurança social, enquanto a autocompaixão poderia atuar como um fator protetivo destes aspectos. O objetivo geral desta Tese foi investigar as intersecções entre a ameaça social e a segurança social e os modelos de relação interna de autocompaixão e autocriticismo em uma amostra brasileira de estudantes universitários. Na seção teórica, o Estudo Teórico 1 consiste em um capítulo de livro que teve como objetivo traçar associações teóricas entre a autocompaixão e as experiências de bullying em adolescentes. Reflexões acerca da relação entre os conceitos foram discutidas, e sugerem que maiores indicadores de autocompaixão podem não impedir as experiências de bullying, porém podem auxiliar os adolescentes no enfrentamento destas vivencias. Já o Estudo Teórico 2 teve como objetivo identificar associações da auto-compaixão com experiências de segurança social e ameaça social através de uma revisão sistemática. Foram encontrados 48 estudos avaliando a relação entre autocompaixão e as experiências de ameaça e segurança social, que foram discutidos à luz da Teoria das Mentalidades Sociais.No que se refere à seção empírica, o Estudo Empírico 1 teve como objetivovalidar a Escala de Proximidade e Ligação com os Outros para o português brasileiro. A amostra incluiu 689 estudantes universitários brasileiros, sendo 493 mulheres, com idade média de 27,13 (DP=8,411), que participaram de uma pesquisa online. Foi realizada uma análise fatorial confirmatória e os resultados confirmaram a estrutura unidimensional da escala, que demonstrou adequados indicadores de validade e fidedignidade para amostra total e para homens e mulheres. O Estudo Empírico 2 teve como objetivo verificar os efeitospreditores da segurança social e da comparação social nos níveis de da autocompaixão e autocriticismo. Participaram deste estudo 402 estudantes universitários, sendo 322 do sexo feminino, com média de idade média de 25,12 (DP=6,913) que acessaram uma pesquisa online e preencheram a Escala de Proximidade e Ligação com os Outros, a Escala de Comparação Social e a Escala de Autocompaixão de Neff. O modelo teórico proposto foi testado através de uma análise de modelagem de equações estruturais.Os resultados indicaram que todos os trajetos propostos no modelo foram estaticacamente significativos, e que a segurança social e a comparação social explicaram 26,5% e 33,6% da variação dos padrões de autocompaixão e o autocriticismo, respectivamente. Por fim, o Estudo Empírico 3 teve como objetivo analisar se existiam diferenças na comparação social, segurança social, autocompaixão e autocritcismo entre grupos normativos e grupos de minorias sexuais. Os procedimentos de coleta de dados e a amostra utilizados neste estudo foram os mesmos do Estudo Empírico 2. 328 participantes heterossexuais formaram o grupo normativo e 74 participantes lésbicas, gays, bissexuais formam o grupo de minorias sexuais. Análises comparativas foram realizadas, e os resultados sugerem que o grupo de minorias sexuais apresentou maiores indicadores de autocriticismo e menores indicadores de segurança social e comparação social, porém não foram encontradas difereças com relação a autocompaixão. Dessa forma, acredita-se que o objetivo geral da Tese foi atingido, e que foi possível produzir formulações teóricas e empíricas acerca das relações entre aameça social e a segurança social e os modelos de relação interna de autocompaixão eautocriticismo. Os achados encontrados nos cincos estudos podem contribuirpara o fomento de uma cultura de relações sociais seguras e afetivas e que não reforce relações hierárquicas e violentas em prol de melhor indicadores de saúde mental e bem-estar social em diferentes contextos.
Abstract: Self-compassion and self-criticism are psychological processes that can be considered as internal relationship models, as they refer to the way someone relates to himself in difficult times. Self-compassion is an attitude to cope with suffering and flaws and has been considered a predictor of mental health. Self-criticism is a harsh and judgmental posture adopted in these situations, associated with psychopathologies. Social safeness, the perception of connection and safeness with others, and social comparison, tendency to establish hierarchical and comparative relationships, are also important mental health factors. Self-criticism may be associated with experiences of exclusion and rejection in peer relations and to negative perceptions of social comparison and lower levels offeelings of social safeness, while self-compassion could act as a protective factor for these aspects.The general aim of this thesis was to investigate the intersections between social threat and social safeness and the internal relationship models of self compassion and self-criticism in a Brazilian sample of college students. In the theoretical section, Theoretical Study 1,a book chapter that aimed to trace theoretical associations between self-compassionand bullying experiences in adolescentsis presented.Reflections about the associations between the concepts were discussed, and it is suggested that higher indicators of self-compassion may not prevent bullying situations, but can help adolescents to cope with these experiences. The Theoretical Study 2 aimed to identify associations of self-compassion with experiences of social safeness and social threat through a systematic review. 48 studies that analyzed the relationship between self-compassion and experiences of social threat and social safenesswere found and discussed based on the Social Mentalities Theory. With regard to the empirical section, Empirical Study 1 aimed to validate the Social Safeness and Pleasure Scale to Brazilian portuguese. The sample included 689 Brazilian collegestudents, 493 women, mean age of 27.13 (SD=8.411), who participated in an online survey. A confirmatory factor analysis was carried out and the results confirmed the one-dimensional structure of the scale, which demonstrated adequate indicators of validity and reliability for the total sample and for men and women. The Empirical Study 2 aimed to verify the predictive effects of social safeness and social comparison on the levels of self-compassion and self-criticism. 402 college students participated in this study, and 322 were female, mean age of 25.12 (SD=6.913), who accessed an online survey and completed the Social Safeness and Pleasure Scale, Social Comparison RatigScale and Self-Compassion Scale. The proposed theoretical model was tested through a structural equation modelinganalysis. The results indicated that all paths proposed in the model were statically significant, and that social safeness and social comparison explained 26.5% and 33.6% of the self-compassion and self-criticismvariation, respectively. Finally, the Empirical Study 3 aimed to analyze if there were differences in social comparison, social safeness, self-compassionand self-criticism between normative and sexual minorities groups. The data collection procedures and the sample of this study were the same as in the Empirical Study 2. 328 heterosexual participants form the normative group and 74 lesbian, gay, bisexual participants form the sexual minority group. Comparative analyzes were performed and the results suggest that the sexual minorities groupshowed higher indicators of self-criticism and lower indicators of social safeness and social comparison, but no differences were found regarding to self-compassion. Thus, the general objective of the thesis was achieved, and it was possible to produce theoretical and empirical formulations about the intersections between social threat and social safeness and the internal relationship models of self-compassion and self-criticism. The findings from the five studies can contribute to the promotion of a culture characterized by safe and affective social relationships non-reinforcing of hierarchical and violent relationships, in order to obtain better indicators of mental health and social well-being in different contexts.
Palavras-chave: Autocompaixão
Autocriticismo
Segurança social
Comparação social
Self-Compassion
Self-critcisim
Social safeness
Social comparison
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Ciências da Saúde e da Vida
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 05/11/2025
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9329
Data de defesa: 22-Jun-2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Psicologia

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TES_JULIANA_DA_ROSA_PUREZA_CONFIDENCIAL.pdfJULIANA_DA_ROSA_PUREZA_TES834,76 kBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.