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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9234
Tipo do documento: Tese
Título: Phylogenetic relationships in Stephanopinae: systematics of Stephanopis and Sidymella based on morphological characters (Araneae: Thomisidae)
Autor: Silva, Miguel Machado da 
Primeiro orientador: Teixeira, Renato Augusto
Resumo: Dentre as subfamílias atualmente aceitas em Thomisidae, Stephanopinae destaca-se pelo grande número de espécies e gêneros que ainda carecem de estudos taxonômicos e filogenéticos que contribuam para a maior compreensão quanto a suas relações evolutivas e diversidade. A recuperação do polifiletismo para Stephanopinae é citada frequentemente, indicando a necessidade de uma investigação mais profunda sobre a composição do grupo e testes de monofilia para seus gêneros componentes. Desta forma, o trabalho a seguir objetivou revisitar e redefinir os limites morfológicos de Sidymella e Stephanopis por meio de revisões taxonômicas, bem como testar a monofilia de ambos os gêneros e discutir suas relações filogenéticas. Para tanto, foi construída uma matriz de dados baseada em 117 caracteres morfológicos codificados para 77 táxons terminais, a qual foi submetida a análises de máxima parcimônia (com pesagem igual dos caracteres e pesagem implícita) e inferência bayesiana. Os suportes de ramos foram calculados através do índice relativo de Bremer e por meio de reamostragens simétricas, enquanto a estabilidade nodal foi representada por “tapetes Navajo” em um teste de sensitividade. Os resultados obtidos indicam o polifiletismo tanto de Sidymella quanto de Stephanopis, sendo as espécies componentes deste último divididas em cinco grupos distintos: o “clado cambridgei”, o qual tem suas espécies componentes combinadas à com Isala, o “clado championi”, no qual justifica-se a revalidação o gênero Paratobias; o “clado ditissima”, cujas espécies são transferidas para Coenypha; o “clado pentacantha”, que abriga as espécies de distribuição sul-americana do gênero Stephanopis, e finalmente o “clado altifrons”, tratado como Stephanopis (stricto sensu) por compreender a espécie-tipo S. altifrons e outras quinze espécies Australianas. Sidymella apresenta espécies emergindo também em distintas linhagens, sendo atribuído ao “clado lucida” o status de Sidymella (stricto sensu) uma vez que é composto pela espécie-tipo do gênero e demais representantes de distribuição Neotropical. Espécies Australianas até então atribuídas a Sidymella são por hora tratados como clados dissidentes (“clado trapezia, “clado hirsuta” e “clado angulata”), ainda que apresentem evidências morfológicas suficientes que justifiquem suas proposições como gêneros novos. A revisão taxonômica das espécies Neotropicais de Sidymella permitiu a redescrição de S. furcillata, S. longispina, S. lucida e S. kolpogaster, enquanto duas novas espécies foram descritas (S. excavata e S. marmorata). Atos taxonômicos adicionais foram realizados: S. nigripes é considerada species inquirenda enquanto S. obscura, S. parallela e S. spinifera são colocadas em nomina dubia. Novos registros de distribuição para Sidymella na região Neotropical são apresentados, assim como as diagnoses e descrições são atualizadas. A composição do gênero, anteriormente de 21 espécies, diminui para 20. De forma similar, é apresentada a revisão taxonômica de Stephanopis, no entanto, restringindo-se às espécies do gênero que possuem distribuição Australiana. Neste estudo é apresentada uma chave dicotômica para machos e fêmeas, de modo a facilitar o reconhecimento e identificação das espécies do grupo que ocorrem na Austrália, Papua Nova Guiné, Indonésia e Fiji. A espécie-tipo S. altifrons é redescrita e as espécies S. aspera, S. depressa, S. monticola, S. elongata e S. scabra são consideradas seus sinônimos júnior. Os machos de S. altifrons, S. angulata, S. nigra, S. armata, S. fissifrons e S. longimana são descritos pela primeira vez. Neótipos são propostos para as espécies S. nigra e S. barbipes, sendo a fêmea desta última descrita de forma inédita. Sete novas espécies são descritas (S. arenata, S. squalida, S. flagellata, S. nana, S. spiralis, S. similis, S. carcinoides) e nove são consideradas nomina dubia (S. bradleyi, S. clavata, S. cristipes, S. malacostracea, S. minuta, S. ornata, S. secata e S. vilosa). A espécie S. thomisoides é considerada species inquirenda e S. cheesmanae é combinada à Phrynarachne. Novos dados de distribuição são providos e comentários à cerca da validade do gênero e de sua relação com espécies de Sidymella e outros Stephanopinae da região Australiana embasam a proposição feita pelos autores para a possível existência de grupos distintos dentro de Stephanopis, os quais são discutidos na análise filogenética.
Abstract: The subfamily Stephanopinae stands out among other groups in Thomisidae by its significative number of species and genera that are still in need of taxonomic reviews and phylogenetic studies, which would help us to better comprehend their diversity and evolutive relationships. The polyphyletism of Stephanopinae has been frequently recovered in recent phylogenetic works, indicating the necessity to perform monophyly tests for its component genera and proper investigations on the composition of the group. Therefore, the present study aimed the redefinition of the morphological boundaries of Stephanopis and Sidymella through taxonomic reviews, as well as test the monophyly of both genera discussing their phylogenetic relationships. To do so, a data matrix with 117 morphological characters, coded for 77 terminal taxa, was assembled. This matrix was submitted to parsimony analysis (under equal weights and an implied weighting scheme) and bayesian inference. Branch supports were estimated through relative Bremer support index and symmetric resampling, while nodal stability was represented by “Navajo rugs” of a sensitivity test. The obtained results indicate that both Sidymella and Stephanopis are polyphyletic, with the component species of this latter emerging in five distinct groups: the “cambridgei clade”, which has all its species transferred to Isala; the “championi clade”, proposed here as Paratobias gen. rev.; the “ditissima clade”, whose comprised species are combinated to Coenypha; the “pentacantha clade”, comprising all South-American species of Stephanopis, and finally the “altifrons clade”, considered here as Stephanopis (stricto sensu) for comprehend the type-species S. altifrons and other 15 species with Australian distribution. Sidymella also presented species emerging in distinct lineages, being attributed to the “lucida clade” the status of Sidymella (stricto sensu), since it is composed by the type species of the genus S. lucida and other Neotropical representatives. Australian species hitherto attributed to Sidymella are for now treated as dissident clades (“trapezia clade”, “hirsuta clade” and “angulata clade”), even presenting strong evidences that suggest their possible validity as new independent genera. The taxonomic review of Neotropical Sidymella species allowed the redescription of S. furcillata, S. longispina, S. lucida and S. kolpogaster and two new species to be described (S. excavata and S. marmorata). Additional taxonomic acts were also proposed: S. nigripes is considered species inquirenda while S. obscura, S. parallela e S. spinifera are put in nomina dubia. New distribution records for Sidymella in the Neotropics are presented as well as diagnoses and descriptions are updated. Thereby, the genus previously composed by 21 species, now comprises 20. Similarly, we presente a taxonomic review of Stephanopis, but in this case, focusing on the Australian representatives of the genus. In this study an identification key for males and females is provided. The type-species S. altifrons is redescribed while S. aspera, S. depressa, S. monticola, S. elongata e S. scabra are considered its junior synonyms. Males of S. altifrons, S. angulata, S. nigra, S. armata, S. fissifrons e S. longimana are described for the first time. Neotypes are proposed for S. nigra and S. barbipes, being the female of this latter originally described in this same work. Seven new species are proposed (S. arenata, S. squalida, S. flagellata, S. nana, S. spiralis, S. similis and S. carcinoides) and nine are considered nomina dubia (S. bradleyi, S. clavata, S. cristipes, S. malacostracea, S. minuta, S. ornata, S. secata and S. vilosa). The species S. thomisoides is considered species inquirenda and S. cheesmanae is transferred to Phrynarachne. New distribution records are provided and a brief comment section regarding the validity of the genus and its relationship with Sidymella and other stephanopines is presented, supporting the proposition for the possible existence of distinct groups of species in Stephanopis, which would come to be posteriorly discussed in the phylogenetic analysis.
Palavras-chave: Sistemática
Taxonomia
Aranha-caranguejo
Espécie nova
Neotropical
Systematics
Taxonomy
Crab-spider
New species
Neotropical
Área(s) do CNPq: CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Ciências da Saúde e da Vida
Programa: Programa de Pós Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 48 meses
Data para liberar texto completo: 17/08/2024
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9234
Data de defesa: 27-Mar-2020
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade

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