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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8764
Tipo do documento: Tese
Título: O potencial efeito da fragilidade física, cognitiva e imunológica sobre a mortalidade de nonagenários e centenários
Autor: Zuppa, Carina 
Primeiro orientador: Machado, Denise Cantarelli
Resumo: Introdução: A fragilidade é uma das grandes síndromes em geriatria, sua patogênese atua em diversos sistemas interligados no organismo, físico, cognitivo e imunológico, compromete diversos mecanismos fisiológicos e resulta em um mau prognóstico para o paciente. Essa condição afeta principalmente os idosos de idade avançada, nonagenários e centenários, pouco se sabe sobre o curso desta síndrome e seus desfechos nestas populações mais longevas. Nosso objetivo foi investigar o potencial efeito da fragilidade física, cognitiva e imunológica sobre a mortalidade em nonagenários e centenários da cidade de Porto Alegre – Brasil. Método: Trata-se de um estudo de acompanhamento longitudinal, composto por uma amostra representativa de nonagenários e centenários da cidade de Porto Alegre. No primeiro momento foi aplicado um questionário para avaliação sociodemográfica, estado de saúde, cognição e uma avaliação física para compor os critérios de fragilidade física e cognitiva. Em um segundo momento, uma coleta de sangue foi realizada em alguns pacientes para realização de testes imunológicos e o excedente de amostra acondicionada para testes futuros. Dados sobre a mortalidade destes indivíduos foram monitorados por um ano, após o termino das avaliações. Resultados: Foram recrutados uma amostra de 194 pacientes com mais de 90 anos, deste total 177 atenderam aos critérios de inclusão para fragilidade cognitiva, estes indivíduos foram classificados em três grupos: não-frágeis 41, frágeis físicos 72 e frágeis cognitivos 64. Não houve diferenças nos dados sócio demográficos e o estado de saúde entre os grupos, mas os sintomas depressivos estavam significativamente presentes nos indivíduos frágeis em relação aos não-frágeis. A mortalidade foi estatisticamente frequente nos indivíduos com fragilidade cognitiva em relação aos que apresentaram fragilidade física e aos não-frágeis. Os dados imunológicos dos 52 individuos avaliados não apresentaram diferenças significativas entres os grupos. Conclusão: Pela primeira vez esta pesquisa demonstrou grandes evidências de que a fragilidade cognitiva é um melhor preditor de mortalidade em nonagenários e centenários. A sobrevivência durante o período de acompanhamento encontrada em nonagenários e centenários com fragilidade cognitiva foi significativamente menor que aqueles com fragilidade física e sem fragilidade. De acordo com nossos achados, a fragilidade cognitiva pode ser considerada um melhor preditor de mortalidade do que a fragilidade física avaliada isoladamente e a partir desta informação, uma vez que as pessoas frágeis são grandes utilizadoras de recursos em saúde e hospitalização, intervenções com foco na fragilidade cognitiva poderiam melhorar a qualidade de vida e reduzir os custos dos cuidados. Interferir precocemente na fragilidade cognitiva poderia mudar os desfechos negativos na evolução da fragilidade.
Abstract: Introduction: Fragility is one of the great syndromes in geriatrics, its pathogenesis acts in several interconnected systems in the body, physical, cognitive and immunological, compromises several physiological mechanisms and results in a poor prognosis for the patient. This condition mainly affects older elderly, nonagenarians and centenarians, little is known about the course of this syndrome and its outcomes in these populations more longevity. Our objective was to investigate the potential effect of physical, cognitive and immunological fragility on mortality in nonagenarians and centenarians of the city of Porto Alegre - Brazil. Method: This is a longitudinal follow-up study, composed of a representative sample of nonagenarians and centenarians from the city of Porto Alegre. At the first moment a questionnaire was applied for sociodemographic evaluation, health status, cognition and a physical evaluation to compose the criteria of physical and cognitive fragility. In a second moment, a blood collection was carried out in some patients to carry out immunological tests and the surplus of sample conditioned for future tests. Data on the mortality of these individuals were monitored for one year after completion of the evaluations. Results: A sample of 194 patients aged over 90 years was recruited; of this total, only 177 met the inclusion criteria for cognitive fragility, these individuals were classified into three groups: non-fragile 41, physical fragile 72 and fragile cognitive 64. No there were differences in socio-demographic data and health status between groups, but depressive symptoms were significantly present in fragile versus non-fragile individuals. Mortality was statistically frequent in individuals with cognitive fragility in relation to those who presented physical fragility and non-fragile individuals. The immunological data of the 52 individuals evaluated did not present significant differences between the groups. Conclusion: For the first time this research has shown great evidence that cognitive fragility is a better predictor of mortality in nonagenarians and centenarians. Survival during the follow-up period found in nonagenarians and centenarians with cognitive fragility was significantly lower than those with physical fragility and no frailty. According to our findings, cognitive fragility can be considered a better predictor of mortality than the physical fragility evaluated alone and from this information, since fragile people are great users of health and hospitalization resources, interventions focused on the cognitive fragility could improve quality of life and reduce the costs of care. Interfering early in cognitive fragility could change the negative outcomes in the evolution of fragility.
Palavras-chave: Fragilidade Cognitiva
Fragilidade Física
Longevidade
Nonagenários
Centenários
Perfil Imunológico
Mortalidade
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Medicina
Programa: Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 48 meses
Data para liberar texto completo: 26/06/2023
URI: http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/8764
Data de defesa: 2-Ago-2018
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica

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