Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10650
Tipo do documento: Tese
Título: Prova penal digital : direito à não autoincriminação e contraditório na extração de dados armazenados em sistemas informáticos
Autor: Mendes, Carlos Hélder Carvalho Furtado 
Primeiro orientador: Lopes Jr., Aury
Resumo: A presente Tese tem o objetivo de investigar a Extração de Dados armazenados em Sistemas Informáticos do Titular, as implicações do Direito à não autoincriminação como garantia ao sujeito visado para impossibilitar o Estado de acessar um “espaço impenetrável” durante as atividades de persecução penal, bem como a aplicabilidade do Contraditório como “técnica de coleta probatória” para a produção da Prova Penal Digital. Parte-se de uma exposição acerca do procedimento penal demarcado pelo objetivo de alcançar a “mente” do sujeito imputado que se intensifica a partir da incidência das novas tecnologias que decorrem da sociedade de informação. Assim, o alcance dos dados informáticos que representam a “mente” do sujeito visado, quando utilizados como fonte de prova digital materializam aquilo denominado de Procedimento Penal Dataficado. A partir de tal panorama, tomou-se como ponto de partida a utilização de garantias processuais – Direito à não autoincriminação e o Contraditório – para a proteção dos dados informáticos referentes ao sujeito visado. Para tanto, a partir da revisão bibliográfica quanto a estes dois elementos do Devido Processo Penal de viés Constitucional Democrático, foi proposta uma delimitação concreta acerca do Direito à não autoincriminação e uma aplicação do Contraditório como “técnica de coleta probatória” capaz de redefinir algumas das categorias probatórias. O enfrentamento do tema central se mostrou somente possível após esta abordagem inicial. Logo em um terceiro momento, foi possível definir as características da Prova Penal Digital e identificar sua necessidade de regras e critérios próprios. De igual modo, foi possível demonstrar a intencionalidade legislativa em panorama Brasileiro que confirma a exposição inicial da presente pesquisa, identificando-se posteriormente Direitos Fundamentais afetados pelas metodologias de investigação e aquisição de fontes de prova penal digital. Concluiu-se que o Direito à não autoincriminação tem função de barreira na atividade de persecução penal que visa alcançar dados informáticos do sujeito visado, seja na impossibilidade de forçá-lo a fornecer dados informáticos ou na decodificação de seus dispositivos. Mais ainda, a partir da Teoria da Mente Estendida, percebeu-se que os dados informáticos que se apresentam como “componentes externos ativos” ao processo cognitivo do sujeito visado não podem ser alcançados pela persecução penal. Assim o Direito à não autoincriminação é garantia de proteção ao “espaço impenetrável”, como regra de impedimento ao Estado. Os demais dados informáticos que não funcionam como integrantes do “sistema cognitivo” do sujeito visado, podem – portanto – ser alcançados pelo Estado a partir da extração de dados de sistemas informáticos. Estes últimos, desempenhando um papel de fonte de prova penal digital, devem obedecer ao método probatório que tem como elemento principal o Contraditório como “técnica de coleta probatória”. Assim, percebeu-se que o Contraditório deve ser observado em todas as fases da extração de dados informáticos, notadamente na aquisição, recolha, admissibilidade e produção da Prova Penal Digital.
Abstract: Esta Tese tiene como objetivo indagar en la Extracción de Datos almacenados en los Sistemas Informáticos del Titular, las implicaciones del Derecho a la no autoincriminación como garantía del sujeto investigado para imposibilitar el acceso del Estado a un “espacio impenetrable” durante el proceso penal, actividades de enjuiciamiento, así como la aplicabilidad del Contradictorio como “técnica de recolección de prueba” para la producción de la Prueba Penal Digital. Comienza con una exposición sobre el procedimiento penal delimitado por el objetivo de llegar a la “mente” del sujeto imputado que se intensifica a partir de la incidencia de las nuevas tecnologías que resultan de la sociedad de la información. Así, el alcance de los datos informáticos que representan la “mente” del sujeto imputado, al ser utilizados como fuente de prueba digital, materializan lo que se denomina Procedimiento Penal Datificado. Con base en este panorama, se tomó como punto de partida la utilización de las garantías procesales – Derecho a la no autoincriminación y Contradictorio – para la protección de los datos informáticos relativos al sujeto investigado. Por lo tanto, con base en la revisión bibliográfica respecto de estos dos elementos del Debido Proceso Penal Democrático Constitucional, se planteó una delimitación concreta respecto del Derecho a la no autoincriminación y una aplicación del Contradictorio como “técnica de recolección de prueba” capaz de redefinir algunas de las categorías probatorias. Enfrentar el tema central solo fue posible después de este acercamiento inicial. En un tercer momento, se logró definir las características de la Prueba Penal Digital e identificar su necesidad de reglas y criterios propios. Asimismo, fue posible evidenciar la intencionalidad legislativa en el panorama brasileño que confirma el planteamiento inicial de la presente investigación, identificando posteriormente Derechos Fundamentales afectados por las metodologías de investigación y adquisición de fuentes de prueba criminal digital. Se concluyó que el Derecho a la no autoincriminación tiene una función de barrera en la actividad de persecución penal que asume como objetivo llegar a los datos informáticos del sujeto investigado, ya sea en la imposibilidad de obligarlo a proveer datos informáticos o en la decodificación de sus dispositivos. Además, a partir de la Teoría de la Mente Extendida, se percibió que los datos informáticos que se presentan como “componentes externos activos” al proceso cognitivo del sujeto investigado no pueden ser alcanzados por la persecución penal. Así, el Derecho a la no autoinculpación es una garantía de protección del “espacio impenetrable”, como regla de impedimento impuesta al Estado. Otros datos informáticos que no funcionan como parte del “sistema cognitivo” del sujeto en cuestión, pueden, por lo tanto, ser alcanzados por el Estado a partir de la extracción de datos de los sistemas informáticos. Este último, al desempeñar un papel como fuente de prueba penal digital, debe obedecer al método probatorio que tiene como elemento principal lo Contradictorio como “técnica de recolección de prueba”. Así, se advirtió que el Contradictorio debe ser observado en todas las fases de la extracción de datos informáticos, notablemente en la adquisición, recolección, admisibilidad y producción de la Prueba Penal Digital.
This Thesis aims to investigate the Extraction of Data stored in the Owner's Computer Systems, the implications of the Right to non-self-incrimination as a guarantee of the investigated subject to make it impossible for the State to access an "impenetrable space" during criminal prosecution activities, as well as the applicability of Adversary as a “technical collection of evidence” for the production of Digital Criminal Proof. It starts with an exposition about the criminal procedure delimited by the objective of reaching the “mind” of the imputed subject that intensifies from the incidence of the new technologies that result from the information society. In this way, the reach of the computer data that represent the “mind” of the investigated subject, when used as a source of digital evidence, materialize what is called Dataficated Criminal Procedure. From this scenario, the use of procedural guarantees was taken as a starting point – Right to non-self-incrimination and Adversary – for the protection of computer data referring to the subject in question. Therefore, based on the bibliographical review regarding these two elements of the Democratic Constitutional Criminal Process, a concrete delimitation was proposed regarding the Right to non-self-incrimination and an application of the Adversarial as a “evidence collection technique” capable of redefining some of the categories of criminal evidence. Facing the central theme was only possible after this initial approach. In a third moment, it was possible to define the characteristics of the Digital Criminal Evidence and identify its need for its own rules and criteria. Likewise, it was possible to demonstrate the Brazilian legislative intentionality that confirms the initial exposition of the present research, later identifying Fundamental Rights affected by the investigation methodologies and acquisition of digital criminal evidence sources. It was concluded that the Right to non-self-incrimination has the function of impeding the criminal prosecution activity that aims to reach computer data of the investigated subject, either in the impossibility of forcing him to provide computer data or in the decoding of his devices. Furthermore, from the Theory of the Extended Mind, it was noticed that the computer data that are presented as “active external components” to the cognitive process of the target subject cannot be reached by criminal prosecution. Therefore, the Right to non-self-incrimination is a guarantee of protection for the “impenetrable space”, as a rule of impediment to the State. Other computer data that do not function as part of the investigated subject's “cognitive system” can be obtained by the State by extracting data from computer systems. The latter, making a role as a source of digital criminal evidence, must comply with the probative method that has as its main element the Adversarial as a “technical collection of evidence”. Thus, it was perceived that the Adversarial must be observed in all phases of the extraction of computer data, notably in the acquisition, collection, admissibility and production of the Digital Criminal Proof.
Palavras-chave: Prova Penal Digital
Extração de Dados Informáticos
Direito à não Autoincriminação
Contraditório
Produção Probatória
Digital Criminal Evidence
Computer Data Extraction
Right not to Self-Incrimination
Adversarial
Proof Production
Área(s) do CNPq: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Direito
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 01/03/2028
URI: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10650
Data de defesa: 18-Jan-2023
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TES_CARLOS_HELDER_CARVALHO_FURTADO_MENDES_CONFIDENCIAL.pdfCARLOS_HELDER_CARVALHO_FURTADO_MENDES_TES298,58 kBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.