Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10481
Tipo do documento: Tese
Título: A Putrefação das flores : a maternidade na literatura brasileira contemporânea
Autor: Ferrão, Ana Carolina Schmidt 
Primeiro orientador: Barberena, Ricardo Araújo
Resumo: Pesquisas como a de Regina Dalcastagné vêm apontando as limitações e os rótulos que compõem as mulheres das narrativas. A representação literária tem o poder de reforçar ou romper com os estereótipos sociais − salvas as ocasiões em que as reproduções de estigmas constituem estratégias narrativas para críticas e denúncias − a construção da personagem implicará no reflexo de um determinado discurso. A representação da personagem mulher, por sua vez, corresponde inúmeras vezes a uma série de estereótipos, que se encarregam de garantir o controle e a opressão de sua voz, seu corpo e sua subjetividade, inserindo-a num padrão imposto socialmente. Nesse sentido, a figura da mãe é historicamente configurada sob um viés idealizado, santificado e — como todo estereótipo — limitante. Inserido nesse debate, o presente trabalho busca analisar as obras “Uma Duas”, de Eliane Brum, “A morte de Paula D.”, de Brisa Paim, “O peso do pássaro morto”, de Aline Bei, “Quarenta dias”, de Maria Valéria Rezende, “A vida invisível”, de Eurídice Gusmão e “A Chave de Casa”, de Tatiana Salem Levy. No intuito de observar como a Literatura Brasileira Contemporânea escrita por mulheres aborda a maternidade e a mãe, pois como afirma Dalcastagnè (2010, p. 42), "O termo chave, nesse conjunto de discussões, é "representação", que sempre foi um conceito crucial dos estudos literários, mas que agora é lido com maior consciência de suas ressonâncias políticas e sociais". As obras serão lidas a partir de minha perspectiva feminista em diálogo com aportes teóricos que sustentem o estudo de temas como subjetividade, estereótipo, identidade, performances de gênero, por meio de autores como Elisabeth Badinter, Judith Butler, Stuart Hall, Homi Bhabha e Pierre Bourdieu. Para tal, traremos uma retrospectiva de representações da figura materna em obras clássicas da História da Literatura nacional, observando as características, semelhanças e rupturas na elaboração da personagem mãe, no intuito de constatar a ruptura com a representação sacralizada, fixa e desumanizante da maternidade. Em consonância com essas discussões apresento ainda uma coletânea de narrativas curtas de minha autoria, bem como cartas endereçadas a meu filho, inserindo assim o viés ficcional do trabalho.
Abstract: Investigaciones como la de Regina Dalcastagné vienen señalando las limitaciones y etiquetas que configuran a las mujeres en las narrativas. La representación literaria tiene el poder de reforzar o romper con los estereotipos sociales -salvo las ocasiones en que la reproducción de estigmas constituyen estrategias narrativas de crítica y denuncia-, la construcción del personaje implicará el reflejo de un determinado discurso. La representación del personaje femenino, a su vez, corresponde en innumerables ocasiones a una serie de estereotipos, los cuales se encargan de garantizar el control y opresión de su voz, su cuerpo y su subjetividad, insertándola en un patrón socialmente impuesto. En este sentido, la figura de la madre se configura históricamente bajo un sesgo idealizado, santificado y, como todo estereotipo, limitante. Insertado en ese debate, el presente trabajo busca analizar las obras “Uma Duas”, de Eliane Brum, “A morte de Paula D.”, de Brisa Paim, “O peso do Pássaro Morado”, de Aline Bei, “Quarenta dias ”, de Maria Valéria Rezende, “A vida invisible”, de Eurídice Gusmão y “A Chave de Casa”, de Tatiana Salem Levy. Para observar cómo la Literatura Brasileña Contemporánea escrita por mujeres aborda la maternidad y la madre, porque como afirma Dalcastagnè (2010, p. 42), "El término clave, en este conjunto de discusiones, es "representación", que siempre ha sido un concepto crucial de los estudios literarios, pero que ahora se lee con mayor conciencia de sus resonancias políticas y sociales". Las obras serán leídas desde mi perspectiva feminista en diálogo con aportes teóricos que sustentan el estudio de temas como la subjetividad, el estereotipo, la identidad, las performances de género, a través de autoras como Elisabeth Badinter, Judith Butler, Stuart Hall, Homi Bhabha y Pierre Bourdieu. Para ello, traeremos una retrospectiva de las representaciones de la figura materna en obras clásicas de la Historia de la Literatura Nacional, observando las características, semejanzas y rupturas en la elaboración del personaje materno, a fin de constatar la ruptura con lo sagrado, representación fija y deshumanizante de la maternidad. En línea con estas discusiones, también presento una colección de relatos breves propios, así como cartas dirigidas a mi hijo, insertando así el sesgo ficcional de la obra.
Palavras-chave: Maternidade
Representação
Literatura Brasileira
Área(s) do CNPq: LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Humanidades
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho não apresenta restrição para publicação
URI: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10481
Data de defesa: 29-Jun-2022
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Letras

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Tese A putrefação das Flores - versão definitiva pucrs.pdfANA_CAROLINA_SCHMIDT_FERRAO_TES1,34 MBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.