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Tipo do documento: Dissertação
Título: O impacto da utilização da terapia com cafeína no recém-nascido prematuro sobre a suscetibilidade a alterações na atividade cerebral : uma revisão sistemática
Autor: Ribeiro, Tatiane Bazi 
Primeiro orientador: Silva, Rosane Souza da
Resumo: A cafeína é a droga de escolha no tratamento e prevenção da apneia em bebês prematuros, reduzindo assim, a incidência de doenças pulmonares, eventos hipóxicos e a mortalidade de recém-nascidos. Os efeitos benéficos neste contexto são um resultado da reversão da inibição causada pela adenosina sobre o controle inspiratório. Devido ao papel neuromodulador da adenosina, em especial no início do desenvolvimento, alterações na neuromodulação estão correlacionadas a alterações de longo prazo relativas à suscetibilidade à epilepsia. Desta forma, é comum nos registros secundários de estudos na área de neonatologia ou na rotina das unidades de tratamento intensivo neonatal, a identificação de registros clínicos ou eletroencefalográficos relacionados à atividade cerebral. De fato, estudos experimentais com animais apontam para um aumento da sensibilidade à convulsão quando há exposição à cafeína na fase neonatal. Entretanto, estudos com seres humanos parecem ser menos assertivos, embora haja certa vigilância sobre possíveis efeitos da cafeína sobre a suscetibilidade a alterações na atividade cerebral. Assim, é objetivo deste trabalho revisar de forma sistemática a literatura quanto às alterações na atividade cerebral após a exposição à cafeína para o tratamento da apneia da prematuridade. Foi conduzida uma pesquisa sistemática nas bases de dados PUBMED, CINAHL e BVS, a fim de identificar estudos originais com recémnascidos prematuros expostos ao citrato de cafeína, tendo como desfecho primário as alterações na atividade cerebral. A estratégia PIC foi, a População: recém-nascidos prematuros < 37 semanas; Intervenção: terapia com citrato de cafeína; Comparação: recém-nascidos prematuros < 37 semanas que não receberam citrato de cafeína. A qualidade dos estudos foi analisada segundo o Check list Cochrane Rob 2 e Rob NewCastle-Otawa. O protocolo de realização desta revisão seguiu as orientações do Preferred Reports for Systematic Reviews and Meta-analysis (PRISMA) e foi protocolado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO - CRD420201277545). Dos 3125 estudos originais, 23 foram selecionados após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão por revisores independentes. Quatorze destes estudos eram observacionais e nove ensaios clínicos randomizados. Os estudos elegíveis foram variáveis quanto ao tipo de protocolo de exposição, parâmetros analisados quanto a atividade cerebral, impossibilitando a realização de uma metanálise. O estudo do desfecho primário de interesse foi realizado ou por análise clínica da presença de convulsão ou por Eletroencefalograma (EEG). A exposição à cafeína foi variável entre os estudos, sendo o esquema de 20 mg/Kg como dose de ataque, seguida de 5-10 mg/Kg/dia como dose de manutenção o mais comum. A convulsão, pelo menos quando caracterizada clinicamente, parece não ser uma preocupação quando o protocolo mais comum de exposição à cafeína é utilizado. O aumento da atividade cerebral detectado por eletroencefalograma, não associado à convulsão, por vezes é associado a desfechos positivos na maturidade cerebral e merece ser melhor investigado considerando seus possíveis impactos, sejam eles positivos ou negativos, a longo prazo.
Abstract: Caffeine is a drug of choice for the treatment and prevention of apnea in newborn babies, thus reducing the pulmonary diseases, hypoxic births, and newborn mortality. The benefits appear to be related to the reversal of adenosine inhibitory effects on inspiration. Due to the neuromodulatory role of adenosine, particularly early in development, changes in neuromodulation are correlated with long-term changes related to susceptibility to seizure. Thus, it is common in the records of studies in neonatology or in the routine of neonatal intensive care units, an identification of clinical or electroencephalographic records related to brain activity. In fact, experimental studies using animals point to an increase in seizure sensitivity when caffeine exposure occurs during the neonatal phase. However, human studies appear to be less emphatic, although there is some surveillance on possible effects of caffeine over brain activity. Thus, the objective of this review is to systematically review the literature on the change in brain activity after exposure to caffeine for the treatment of apnea of prematurity. Comprehensive research was performed in the databases PUBMED, VHL, Web of Science and CINAHL. The PIC strategy was, Population: newborns to newborns < 37 weeks; Intervention: caffeine citrate therapy; Comparison: newborn infants < 37 weeks who did not receive caffeine citrate. The assessment of the quality of the studies was according to the Cochrane Rob 2 and Rob NewCastle-Ottawa Checklist. The protocol followed the guidelines from the System of Prospective Reviews and Preferred Meta-Analyses (PRISMA) and was registered in the International Registry of Systematic Reviews (PROSPERO - CRD420201277545). From the 3125 original studies, 23 were selected after applying the inclusion and exclusion criteria by independent reviewers. Fourteen of these studies were observational and nine were randomized controlled trials. The studies were variable in relation to the type of brain activity assessment and caffeine exposure protocols, making it impossible to carry out a metanalysis. The study of the primary outcome was performed as clinical register of seizure or by Electroencephalogram (EEG) register. Caffeine exposure varied across studies, with the most common regimen being 20 mg/kg loading dose, followed by 5-10 mg/kg/day maintenance dose. The seizure, at least clinically relevant, appears not to be a concern when the more common caffeine exposure protocol was used. Increasing in brain activity detected by EEG not associated to seizure, have being correlated to increased maturity of brain and should be better investigated for its possible impacts, whether positive or positive, in the long term.
Palavras-chave: Efeitos Adversos
Meltilxantinas
Desenvolvimento Precoce
Desenvolvimento Cerebral
Convulsão
Adverse Effects
Methylxanthines
Early Development
Brain Development
Convulsion
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
MEDICINA::SAUDE MATERNO-INFANTIL
CLINICA MEDICA::PEDIATRIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Medicina
Programa: Programa de Pós-Graduação em Medicina/Pediatria e Saúde da Criança
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 60 meses
Data para liberar texto completo: 05/09/2027
URI: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10423
Data de defesa: 20-Mai-2022
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança

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