Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10251
Tipo do documento: Dissertação
Título: O cérebro na história do crime : análises acerca da evolução teórica da neurocriminologia
Autor: Quevedo, Jéssica Veleda 
Primeiro orientador: Souza Jr., Ney Fayet de
Resumo: O presente trabalho foi elaborado com o intuito de investigar se as teorias atuais produzidas em neurocriminologia são similares àquelas desenvolvidas por Lombroso, no século XIX, em potência biologizante; isto é, observar se os argumentos sustentados atualmente pelos neurocriminologistas realmente se aproximam do que era pregado pela Escola Positiva. Buscou-se, da mesma forma, investigar a influência destas pesquisas no Direito Penal, já que a noção de culpabilidade está diretamente ligada à possibilidade de autodeterminação de um indivíduo, bem como porque resultados de pesquisas na temática de livre-arbítrio parecem importar em nível filosófico para a aplicação da lei criminal. Fazendo uso de uma abordagem qualitativa e de um delineamento bibliográfico, foram selecionados escritos acerca das teorias biológicas e psicológicas do crime, excluindo aqueles que exprimissem perspectivas puramente sociológicas, com um recorte que se inicia no fim do século XIX para findar em publicações atuais, afim de responder o problema de pesquisa: “As teorias atuais desenvolvidas em neurocriminologia são, a despeito das evoluções tecnológicas, similares em potência biologizante e determinista àquelas do século XIX?” Para tanto, o trabalho foi dividido em dois capítulos – o primeiro contendo uma recapitulação teórico-histórica das teorias da Escola Positiva e da Criminologia Biossocial do fim do século XX –, e o segundo adentrando mais profundamente no cerne da pesquisa, no qual se desenvolveu uma explicação sobre a união da neurociência com a Criminologia e seus desdobramentos na sociedade moderna. Contrariando a hipótese formulada, a conclusão da pesquisa aponta para o fato de que, ainda que a origem e o foco das pesquisas sejam os mesmos, o que se produz hoje em dia em neurocriminologia, além de não possuir uma robusta teoria como espinha dorsal, são apontamentos mais cuidadosos e cingidos à correlações entre fatores biológicos (encefálicos) e comportamentos socialmente determinados como criminosos (ou antissociais), evitando abordagens deterministas. Dessa forma, em que pese a hipótese não tenha sido corroborada pelo material analisado, percebe-se que uma perspectiva que aceite e compreenda os fatores biopsicossociais que influenciam no comportamento criminoso é o caminho a se seguir dentro das Ciências Criminais, a fim de que seja possível uma abordagem integral do fenômeno da criminalidade.
Abstract: The following work was produced to investigate if the current neurocriminological theories are similar to those developed by Lombroso during the 19th century, in their biologizing power. That is, to observe it the arguments sustained nowadays by neurocriminologists really come close to what the Positive School preached. In that matter, the influence of such researches in Criminal Law was also investigated, since the notion of culpability is closely connected to the possibility of self determination of an individual, and because results of researches within the matter of free will seem to matter on a philosophical level to the application of Criminal Law. A qualitative approach was applied along a bibliographical outlining, in a way that writings on biological and psychological theories of crime were selected and those with pure sociological views were excluded. The outline for the selected material parted from the end of the 19th century and ended in present-day publications, to answer the research’s problem: “Are the current neurocriminological theories, despite technological evolution, similar in their biologizing and deterministic power to those of the 19th century?” Therefore, the work has been divided in two chapters – the first one presents a theoretical-historical summary of the theories of the Positive School and Biosocial Criminology from the end of the 20th century –, and the second touches the key-issue more deeply, during which an explanation about the union of neuroscience and criminology and its outspreads in modern society are explained. Denying the hypothesis, the conclusion points to the fact that, even though the origin and the focus of these researches are the same, the content produced within neurocriminology nowadays, besides not having a strong theoretical basis, are more careful remarks pointing towards the correlation between biological (brain-related) factors and behaviors socially determined as criminal (or antisocial), thus avoiding deterministic approaches. Hence, even though the hypothesis has not been confirmed by the analyzed material, it has been possible to perceive that a perspective that comprehend and embraces the biopsychological factors that influence in criminal behavior is the way to go within Criminal Sciences, allowing an holistic approach to the phenomenon of criminality.
Palavras-chave: Neurocriminologia
Criminologia Biossocial
Neolombrosianismo
Área(s) do CNPq: CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Sigla da instituição: PUCRS
Departamento: Escola de Direito
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Restrição de acesso: Trabalho será publicado como artigo ou livro
Prazo para liberar texto completo: 48 meses
Data para liberar texto completo: 25/05/2026
URI: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/10251
Data de defesa: 26-Mar-2021
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DIS_JESSICA_VELEDA_QUEVEDO_CONFIDENCIAL.pdfJESSICA_VELEDA_QUEVEDO_DIS539,23 kBAdobe PDFThumbnail

Baixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.